Roma (7 de 9) - Dinastia Cláudio-Juliana


Dinastia Cláudio-Juliana



Assim que centraliza o poder Caio Otávio incorpora o título de César (comandante), para reforçar o seu poder. Mais tarde vai adquirir ainda o título de princeps senatus (primeiro cidadão romano, isto é, aquele que liderava o Senado) de Augusto (título reservado aos deuses de Roma, que significa divino) e ainda de pontifex maximus (máxima autoridade religiosa). Era efetivamente o comandante das forças armadas e sumo pontífice, estando acima dos governadores das províncias, dos magistrados e da própria lei. Poderia, por exemplo, condenar uma pessoa a morte ou livra-lo de qualquer sentença. Era o fim da República Romana. 

O Egito transforma-se em possessão pessoal e particular de Caio Otávio, que irá governar até 14 da era cristã. Cabe destacar que Caio Otávio governava sozinho, mas nunca adotou o título de imperador, ao contrário, manteve as instituições, inclusive, o senado, mesmo sendo considerado o imperador mais importante de todo o Império Romano.

Governante moderno para a época, com inúmeras obras, recebendo no começo da era cristã o título de “pai da pátria”. Constrói pontes e obras de infraestrutura em Roma, na maioria das vezes administradas por seu braço direito, que era o comandante Agripa (o responsável por comandar as tropas de Caio Otávio contra Marco Antônio e Cleópatra na Batalha do Áccio). 

Caio Otávio é responsável também pela pax romana, reduzindo o ímpeto expansionista de Roma, defendendo suas fronteiras e garantindo o controle do Mar Mediterrâneo, chamado pelos romanos desde a época das Guerras Púnicas de mare nostrum. Contudo, essa pax romana será baseada na máxima de Júlio César: “se queres a paz, prepara-te para a guerra”, ou seja, Otávio procurou fortalecer as legiões, armando-as com eficiência e espalhando-as pelo Império, criou uma guarda pessoal (guarda pretoriana), aumentando o controle e impondo a paz através do medo e da forte presença das tropas romanas. Otávio manteve também a política do pão e circo, com os espetáculos dos gladiadores como estratégia para controlar as massas desempregadas que vagavam por Roma. 

Caio Otávio morre em 14 sem deixar clara a sua linha sucessória, na medida em que os seus dois netos haviam morrido, bem como Agripa (seu principal colaborador), sobrando apenas Tibério, que era seu filho adotivo. Tibério irá governar Roma de 14 a 37. Tibério que foi chamado de “o homem mais triste do mundo” porque não gostava de aparecer na vida pública e era extremamente calado, não tendo as características de um governante popular.

No final de seu governo Tibério entrega seu posto e se retira para ilha de Capri onde ele tinha milhares de escravos com os quais mantinha atrocidades inimagináveis (alguns acreditam que havia fica louco). Perseguiu seus herdeiros matando vários de seus filhos e netos, abrindo a possibilidade para que outras pessoas cobiçassem a tomada de poder. 

Com sua morte, seu neto, Calígula, toma o poder em Roma (37 até 41). Conta-se que Calígula também acabou enlouquecendo, em seu caso após a morte da irmã pela qual era apaixonada. Persegue o Senado, chama as mulheres dos senadores de prostitutas e nomeia o seu cavalo incitatus senador e cônsul do Império. 

Com suas loucuras e mortes desmedidas, Calígula perde o apoio de suas tropas, sendo assassinado por sua filha, que tinha sido nomeada herdeira do trono (o que era proibido para a época). Com sua morte assume o poder o tio de Calígula, o general Cláudio. 

Cláudio, que faz um governo de linha moderada, era casado com Messalina, que interferia constantemente no seu governo e tinha vários amantes. Cláudio se vê na necessidade de mandar matar a sua esposa por sua indiscrição. 

Depois de matar sua esposa, Cláudio acaba sendo seduzido por Agripina, que era sua sobrinha (e provavelmente matou o seu primeiro marido). Agripina é acusada também de ser a responsável pelo assassinato de Cláudio e de seu filho Lúcios, que era o sucessor legítimo. Com caminho aberto, Agripina consegue colocar Nero no poder com apenas 16 anos (que havia sido nomeado antes de morrer por Cláudio). Agripina pretendia governar utilizando-se de Nero.


O governo de Nero é pautado pelos seus devaneios e pela relação conflituosa com a mãe, que acaba sendo executada a pedido dos filho (depois de inúmeras tentativas de planos arquitetados para mata-la). Nero é conhecido também pela perseguição dos cristãos, que recusavam a venerá-lo. Durante a época de Nero a cidade de Roma passa por um grande incêndio, o que é atribuído aos cristãos. Depois do incêndio os cristãos são acusados e perseguidos implacavelmente, com execuções, inclusive, nos espetáculos de gladiadores.

Em seu governo Nero foi orientado por um general que tinha o nome de Sexto Afrânio Burro, executando um péssimo governo que terá a duração de 14 anos. Amante das artes e música, Nero transfere a capital do Império para Atenas, o que deixa a plebe assombrada. Esquece-se das legiões, começa a participar de concursos de música e dança onde cantava e dançava e sempre de forma sofrível. É conhecido é decreto que cria onde proibia que os outros participantes ganhassem o concurso, e um segundo que obriga as pessoas a assistirem as suas apresentações. Em 69 as tropas se rebelam forçando Nero a cometer suicídio.


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